“Conselhos para uso de cartões bancários”



No âmbito da missão de acompanhamento e monitorização das dinâmicas criminais que possam constituir-se como situações de potencial afetação aos cidadãos, a PSP, no âmbito da sua missão de prevenção criminal,  relembra que todos os cidadãos devem adotar comportamentos preventivos e estar atentos a possíveis sinais de alerta em relação a alguns fenómenos criminais.
Deste modo, apesar de não existir um aumento significativo deste tipo de criminalidade, relativamente aos dados da PSP, tendo em conta que em Portugal os cartões bancários são utilizados em 86,6% dos pagamentos de retalho1 (dados do Banco de Portugal, de 2018), a PSP alerta para as formas mais comuns de recolha (fraudulenta) dos dados da banda magnética, do PIN do cartão ou da retenção do dinheiro.
Estes métodos baseiam-se essencialmente na criação de peças de ATM muito idênticas às originais, as quais são sobrepostas e permitem a recolha dos dados, através de um segundo dispositivo de leitura da banda magnética, da gravação do PIN através de teclado falso, ou mesmo da gravação do ato de marcação do código com microcâmaras. Existem também métodos de retenção do cartão bancário ou do próprio dinheiro, com o objetivo de que o proprietário interprete que ocorreu algum erro e que ficaram retidos no interior da máquina.
Damos como exemplo uma situação ocorrida no passado dia 21 de Agosto, em Lisboa, onde foi detetado um sistema de clonagem de cartões, composto por leitor de banda magnética e dispositivo de gravação de imagem, para registo do código PIN (imagem em anexo).

Deste modo, a PSP aconselha:

1.    Ao dirigir-se ao ATM, verifique a presença/proximidade de indivíduos suspeitos com eventual interesse nas suas movimentações.
2.    Observe atentamente o ATM, de forma a tentar perceber se existe alguma anomalia na estrutura, como peças soltas, cor do plástico “diferente”, teclado e ranhura de introdução do cartão com folgas, presença de camara de filmar e/ou danos visíveis. Em caso afirmativo, não toque na estrutura e informe a PSP.
3.    Proteja/oculte a marcação do código PIN com a mão, de forma a não ser registado por eventual microcâmara de filmar colocada pelos suspeitos.
4.    Se o cartão ou o dinheiro ficarem retidos, informe de imediato a entidade bancária e verifique a presença de eventuais suspeitos, mesmo que surjam sob o pretexto de ajudar.
5.    Verifique com frequência as movimentações bancárias.
6.    O código PIN nunca deve estar escrito no próprio cartão.
7.    Evite a utilização de ATM´s em locais isolados e de pouca iluminação.
8.    Não abandone os talões de registo de operações no Multibanco.
9.    No pagamento com os cartões de débito/crédito, em estabelecimentos ou outros locais,  não “os perca de vista”.
10. No pagamento de compras na internet, se for usar o número de cartão e o código CCV, pois há casos em que é possível o pagamento através de emissão por referência a pagar em MB, privilegie os cartões virtuais, com quantias aproximadas do valor da compra.
11. Ainda quanto ao pagamento em sítios/lojas online, confira sempre se são verdadeiros e seguros. Em caso de dúvida tente pesquisar se há comentários ou observações sobre os mesmos.

Estaremos ao dispor para esclarecimento de quaisquer dúvidas.


29 de agosto de 2019



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