Vídeo de Detenção no Largo do Chiado


Na sequência da detenção ocorrida ontem, no Largo do Chiado - Lisboa, que foi filmada e está a ser amplamente divulgada nos OCS e nas redes sociais, a Polícia de Segurança Pública, sem prejuízo da apreciação judicial que decorrerá na sequencia da detenção efetuada, informa:

Uma patrulha da PSP da 1ª Divisão Policial do Comando Metropolitano de Lisboa, no exercício das suas funções, ontem, pelas 20h00, no Largo do Calhariz – Lisboa, visualizou um homem, de 22 anos de idade, desempregado, a abordar vários transeuntes na via pública, indiciando que lhes pretendia vender estupefacientes.

Abordado, já no Largo do Chiado, o homem, suspeito da prática de um crime de tráfico de estupefaciente, não foi colaborante, gritando que aquela abordagem era por motivações raciais, pedindo ajuda e que filmassem a situação.

Procurando sempre esquivar-se à ação policial, continuando a gritar e a procurar a ajuda de populares para que conseguisse evitar a revista e a detenção, houve a necessidade de utilização da força, projectando-o ao solo e, assim, materializar a detenção.

Após revista, foram encontrados na posse do suspeito 17 pacotes de liamba e dois pedaços de haxixe, embalados e prontos para venda em pequenas doses, num quadro típico do crime de tráfico de droga (venda de droga de rua).  

O arguido, residente em Oeiras, referenciado e já com antecedentes criminais pelo crime de tráfico de estupefaciente e crimes contra o património, será, hoje, presente ao Ministério Público para os ulteriores procedimentos processuais.

A PSP rejeita que a intervenção tenha tido qualquer motivação racial e não dispõe de dados que não corroborem que toda a atuação tenha sido legal e dentro dos princípios da adequação, necessidade e proporcionalidade, bem como das regras do uso da força, salientando que continuará, naquele e noutros locais, a desenvolver a sua atividade de combate ao tráfico de estupefacientes e de garantia da segurança pública.

A PSP vai comunicar ao Ministério Público o vídeo em questão, avaliando um eventual procedimento contra o seu(s) autor(es), pelos crimes de publicidade e calúnia.

Lisboa, 28 de janeiro de 2019



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