14 Arguidos por crime de furto e recetação de quase 26 toneladas de cobre/chumbo

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da equipa de investigação especializada no furto de metais não preciosos da Divisão de Investigação Criminal, investigou durante três meses a subtração de cabos de chumbo/cobre afetos às telecomunicações da Portugal Telecom (PT).

Desta investigação resultou a identificação de dois grupos distintos, sendo 12 indivíduos constituídos arguidos por suspeita do crime de furto e 2 por suspeita do crime de recetação deste tipo de material.

Os suspeitos que procediam aos furtos trabalhavam como subempreiteiros para uma empresa de obras públicas e aproveitavam-se do facto de possuírem informação privilegiada sobre os locais onde se encontravam os cabos de chumbo/cobre no solo que não estavam em uso.

Assim, durante as intervenções lícitas cortavam os cabos, deixando-os nos locais, e posteriormente regressavam a esses pontos e abriam as condutas subterrâneas, depois de previamente terem sinalizado as obras e utilizando coletores retrorrefletores com a indicação da empresa para quem trabalhavam, dando a falsa aparência que os trabalhos eram legais, com o objetivo de se apropriarem dos cabos.

Para conseguirem extrair os cabos, utilizavam uma viatura ligeira de mercadorias de caixa aberta que, após engatado o cabo à retaguarda da mesma, o mesmo era puxado para o exterior.

Posteriormente, deslocavam-se a duas empresas de reciclagem de sucatas e desperdícios metálicos, instaladas nos concelhos de Sintra e Cascais, para vender o produto da sua conduta ilícita.

De salientar que numa das apropriações foi subtraído 200 metros de cabo de chumbo/cobre afeto às comunicações de uma unidade militar, cuja reposição orça o valor aproximado de 7600€, inoperacionalizando os circuitos de reserva ao circuito de fibra ótica e colocando em causa as comunicações e transmissões militares, bem como os equipamentos da unidade.

Toda esta investigação culminou na realização de buscas não domiciliárias nos distritos de Lisboa e Castelo Branco, em estreita colaboração com a Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, com o apoio da Comissão do Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo do Ministério do Ambiente e de um técnico de telecomunicações da PT, que resultou na apreensão de:

• 25,988 Toneladas de cabos de chumbo/cobre;
• 3 Viaturas ligeiras de mercadorias de caixa aberta;
• 10 Coletes retrorrefletores;
• 6 Sinais de trânsito;
• 1 Machado; e
• 1 Guilhotina entre outra ferramenta utilizada para a prática dos furtos.